Como dizer a verdade sem magoar o próximo?

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Como dizer o que pensa sem magoar o próximo?

fevereiro 1, 2023 / Pessoal

Neste artigo, compartilhamos algumas dicas para você dizer o que pensa utilizando uma abordagem cuidadosa e apresentamos o conceito de Comunicação Não-Violenta. Saiba mais!

 

Falar o que pensamos, muitas vezes, pode gerar conflitos e mal-estar, especialmente quando abordamos assuntos sensíveis sem uma boa dose de bom senso. Isso porque, com o desejo de expressar nossas ideias, para não ficarmos engasgados, temos a tendência de utilizar palavras exageradas ou até mesmo equivocadas, incomodando nosso interlocutor.

Muitas vezes, as pessoas simplesmente não querem saber o que pensamos sobre determinado assunto, pois já tomaram sua decisão ou possuem uma opinião formada. Ou ainda, o que temos a dizer não é útil nem necessário. Nesses casos, mesmo as críticas construtivas podem não ser bem-vindas, mesmo acreditando que não exista crítica construtiva e sim, somente feedback, mas neste artigo colocamos crítica construtiva para melhor contextualização e entendimento do feedback.

Por outro lado, amigos, colegas de trabalho e familiares costumam se sentir à vontade para compartilhar dilemas, buscando sugestões de solução. Eles realmente esperam que você demonstre seu ponto de vista sobre o problema compartilhado, mas isso não quer dizer que sua abordagem não deva ser cuidadosa.

Pelo contrário: ouvir críticas nunca é agradável, portanto, é importante avaliar a maneira como você faz suas observações, descartando comentários desnecessários disfarçados de críticas construtivas.

Neste artigo, compartilhamos algumas dicas para você, que deseja dizer o que pensa sem magoar o próximo, além de abordarmos a importância da Comunicação Não-Violenta. Acompanhe nosso conteúdo até o fim!

 

Como falar a verdade sem machucar os outros?

 

Falar a verdade sem magoar as pessoas não é uma tarefa fácil. Mas, com algumas dicas, compartilhadas a seguir, é possível. Confira:

  • Antes de qualquer coisa, avalie se o que você deseja dizer será útil e necessário. Caso contrário, guarde para você;
  • Seja franco e assertivo. Mas certifique-se de que é o local e o momento adequado para a conversa que você deseja ter;
  • Escolha com cautela as palavras que irá utilizar para demonstrar clareza em seu discurso e concentre-se na solução do problema;
  • Ajuste seu tom conforme a personalidade do interlocutor. Ou seja, evite tons exagerados com pessoas tímidas e introspectivas;
  • Prepare o ambiente e a pessoa para receber seus comentários, pedindo permissão para iniciar essa conversa sem enrolar demais, para não gerar ansiedade;
  • Uma maneira eficiente de reduzir a gravidade da crítica é iniciar o assunto destacando seus aspectos positivos;
  • Não fale na presença de outras pessoas, com indiretas ou às pressas. Apesar de elogiar em público ser controverso, as críticas sempre devem ser feitas no privado, seguindo a famosa dica de Mário Sérgio Cortella, sobre orientar sem ofender e ensinar sem humilhar;
  • Mostre que você enxerga a situação como um todo e não apenas seus aspectos negativos;
  • Tenha cautela para não parecer que sua crítica construtiva é, na verdade, fruto de inveja;
  • Não gesticule muito e não aponte o dedo, mantenha o tom de voz baixo e não use palavras pesadas, para você não soar agressivo ou arrogante;
  • Prefira conversar pessoalmente, uma vez que falar por celular ou até mesmo uma videoconferência pode passar uma impressão negativa;
  • Seja gentil e mostre ao seu interlocutor que você se interessa pelos problemas dele. Transmita sua mensagem com carinho e empatia;
  • Questione se você se fez entender e, caso contrário, explique novamente, com paciência.

 

Comunicação Não-Violenta: o que é?

 

Em seu livro — Comunicação Não-Violenta — o autor Marshall Bertram Rosenberg defende a comunicação compassiva, que engloba as habilidades de falar e ouvir, permitindo às pessoas se entregarem a uma interação de modo a se conectar profundamente consigo mesmas e com os outros.

A expressão “Não-Violenta”, utilizada pelo psicólogo é retirada da definição de Mahatma Gandhi, que se refere à condição criada quando a violência é afastada do coração.

Na prática, a técnica proposta por Rosenberg se baseia em competências de linguagem e comunicação, que apoiam a restruturação do modo como cada pessoa se expressa e ouve o próximo.

Conforme o pesquisador, na Comunicação Não-Violenta, respostas e estímulos repetitivos e automáticos devem ser substituídos por práticas conscientes e respeitosas, marcadas pela atenção e a empatia.

A Comunicação Não-Violenta abrange quatro componentes que abordaremos no próximo tópico. Continue lendo nosso texto.

 

Quais são os quatro componentes da Comunicação Não-Violenta

 

Os quatro elementos contemplados pela Comunicação Não-Violenta são:

  • Observação;
  • Sentimentos;
  • Necessidades; e
  • Pedidos.

Confira mais detalhadamente cada um deles:

 

Observação

A observação, na Comunicação Não-Violenta, consiste em descrever uma situação como de fato ocorreu, sem influência das nossas avaliações sobre ela. Para isso, basta pensar em como qualquer pessoa testemunhando o fato o descreveria.

Para a CNV, a observação tem o objetivo de fazer os interlocutores compartilharem a mesma realidade, entrando em um acordo sobre o assunto abordado e reduzindo as barreiras para o prosseguimento da conversa de forma produtiva.

 

Sentimentos

Marshall Rosenberg entende que os sentimentos também são parte importante da Comunicação Não-Violenta. Isso porque, para o pesquisador, expressar o que sentimos, expondo nossa vulnerabilidade possibilita uma aproximação com o outro.

O problema é que muitas pessoas confundem sentimentos com pensamentos e julgamentos, e, quando questionadas sobre o que sentem, expressam o que Rosenberg chama de pseudosentimentos.

Para resolver essa questão, recomenda-se ampliar o vocabulário e aprender a nomear os sentimentos para que eles sejam compreendidos e atuem como mensageiros das necessidades humanas.

 

Necessidades

As necessidades estão diretamente relacionadas aos sentimentos. São elas que motivam nossas ações, falas e escolhas.

Todas as pessoas, independentemente de fatores como idade, gênero ou classe social possuem as mesmas necessidades. Sendo assim, compartilhar o que há em comum entre dois seres humanos possibilita conectá-los e fazer cada um entender que a causa do que sente não está no que o outro diz, mas nas suas necessidades.

 

Pedidos

Por sua vez, os pedidos expressam como gostaríamos de ter nossas necessidades atendidas, possibilitando que o próximo colabore com o que nos é importante.

O grande desafio relacionado aos pedidos é que muitas pessoas não desejam incomodar; outras consideram um pedido como um sinal de fraqueza. Há, ainda, quem não diga nada, por pensar que sua necessidade é óbvia.

Esses comportamentos geram expectativas não cumpridas e frustrações. Sendo assim, o aconselhável é fazer pedidos claros e específicos, dando a oportunidade de a pessoa dizer não, afinal, trata-se de um pedido e não de uma exigência.

 

Conclusão

 

Neste artigo, compartilhamos dicas para você dizer o que pensa sem magoar outras pessoas. Também apresentamos o conceito de Comunicação Não-Violenta para você aplicar em seu dia a dia.

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MASTERMIND SAMPA

Autor: Walter Kaltenbach
Diretor da MasterMind e Fundação Napoleon Hill
walter@mastermind.com.br

 

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