Atitudes cringe em uma empresa: quais são as posturas vergonhosas exercidas nos dias atuais?

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Atitudes cringe em uma empresa: quais são as posturas vergonhosas exercidas nos dias atuais?

agosto 31, 2021 / Gestão de Pessoas

O termo cringe, que se popularizou ultimamente, refere-se a atitudes vexatórias, que causam “vergonha alheia”.

Sabendo da realidade da maioria das companhias, nos apropriamos dessa expressão para abordar neste artigo o que são atitudes cringe em uma empresa.

Em nossas pesquisas, encontramos uma série de condutas condenáveis quando o assunto é ética, comportamentos que há muito tempo deveriam ter sido superados e que cabe a nós eliminá-los.

 

Há alguns meses, a expressão cringe tomou conta do vocabulário compartilhado na internet. De origem inglesa, refere-se a atitudes vergonhosas, vexatórias. Agora, pensando no contexto corporativo, surge a questão: o que é cringe em uma empresa?

Diferente de ações inofensivas consideradas constrangedoras pela Geração Z, como ser fã da Disney, amar Harry Potter, ou pagar boletos (assim mesmo, com esse nome), ser cringe em uma empresa é assumir posturas inadequadas do ponto de vista ético, como perpetuar a diferença de tratamento entre as pessoas.

Continue lendo este artigo e confira algumas práticas que deveriam ser proibidas em qualquer ambiente profissional.

 

  1. Diferença salarial entre homens e mulheres

Apesar de estarmos em 2021, infelizmente, ainda existe diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo. E o pior de tudo é que isso é bastante comum, inclusive em grandes empresas, que jamais poderíamos imaginar que ainda estariam nesse patamar de involução.

 

  1. Falsa inclusão social

Outra atitude extremamente cringe em uma empresa é a falsa inclusão social. Ela ocorre, por exemplo, quando são criadas vagas para pessoas com deficiência com o único objetivo de cumprir uma cota estabelecida por lei ou vender uma imagem politicamente correta a potenciais consumidores.

Ao mesmo tempo, esse público, assim como mulheres e negros, não têm o mesmo acesso a oportunidades de crescimento e de liderança dentro dessas organizações.

Pior ainda é a situação dos LGBTQIA+, que sofrem discriminação em ambiente de trabalho ou deixam de ser contratados por conta da orientação sexual. Afinal, você que está lendo este texto, costuma ver transexuais como atendentes de bancos? Isso não é por acaso.

 

  1. Alimentar fofocas

As fofocas pioram o clima de qualquer organização, tornando prejudicial uma competitividade que poderia ser saudável.

Essa é uma atitude cringe em uma empresa que pode minar relacionamentos e o clima organizacional.

Por isso, esse tipo de conduta deve ser desestimulado, o que só acontece quando os líderes são exemplos e não os primeiros a disseminar as fofocas.

 

  1. Fazer questionamentos sobre maternidade em processos seletivos

Muitas mulheres passam pelo constrangimento de serem questionadas durante entrevistas de emprego sobre uma possível intenção de tornar-se mãe. Uma pergunta invasiva, indelicada, por isso, cringe!

Para piorar, muitas colaboradoras são desligadas após o fim de sua estabilidade pós-parto, sem contar as candidatas gestantes que sequer têm a chance de participar de processos seletivos, por mais competência que demonstrem.

Esses comportamentos partem do pressuposto de que o filho é responsabilidade exclusiva da mulher, outra forma de ver as situações que precisa sair de moda o quanto antes.

 

  1. Não ouvir o colaborador

Muitas empresas fazem questão de destacar o quanto se importam com a opinião e a satisfação dos funcionários. Realmente, o pensamento coletivo pode ser enriquecedor, trazendo ideias de avanços, inovação e contribuindo para a melhoria do clima organizacional.

Porém, na prática, nem sempre é isso o que acontece. Lideranças que decidem tudo sozinhas e passam as decisões “de cima para baixo” tendem a não ter sucesso nos dias de hoje. As pessoas querem participar, envolver-se, ter um propósito, e não simplesmente executar algo que não entendem exatamente o valor.

 

  1. Não se preocupar com sustentabilidade

Uma característica tipicamente cringe em uma empresa é não evitar ou amenizar eventuais danos ao meio ambiente, preocupando-se apenas em elevar sua lucratividade a qualquer custo.

 

  1. Promover assédio moral

Uma realidade extremamente destrutiva é o assédio moral, um crime realizado por várias empresas. O assédio moral é assim definido quando um superior pratica ações repetitivas e desmoralizantes, que agridem a autoestima do trabalhador e tornam o convívio no ambiente de trabalho insuportável.

 

  1. Assédio sexual

Mais do que uma simples atitude cringe em uma empresa, aqui falamos de outra ação criminosa, segundo o artigo 216-A do Código Penal. Contudo, essa prática, que deveria ser banida de todas as instituições, ainda ocorre com frequência.

As maiores vítimas do assédio sexual no trabalho são as mulheres e, geralmente, ele ocorre quando alguém é constrangido a favorecer sexualmente um colega que apresente uma condição superior hierárquica.

 

QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DE UM AMBIENTE DE TRABALHO TÓXICO?

Problemas como os apontados neste artigo afetam a vida pessoal e o desempenho profissional dos trabalhadores.

Conviver nesse tipo de ambiente pode ser estressante a ponto de adoecer as pessoas, especialmente aqueles que são expostos aos casos mais graves apresentados aqui.

Nessas situações, é primordial se livrar de uma ocupação que conduz ao sofrimento, mesmo que para isso seja imprescindível assumir novos riscos. Lembre-se: a mudança faz parte da vida e ser feliz requer coragem.

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MASTERMIND SAMPA

Autor: Walter Kaltenbach
Diretor da MasterMind e Fundação Napoleon Hill
walter@mastermind.com.br

 

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