Liderança situacional: como liderar da melhor forma, em quaisquer circunstâncias

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Liderança situacional: como liderar da melhor forma, em quaisquer circunstâncias

abril 22, 2019 / Liderança

O conceito de liderança entrou de vez no vocabulário dos negócios. Aquele chefe à moda antiga, com uma visão limitada e poder desenfreado, já não tem mais espaço na era dos gestores. No entanto, a liderança acontece na prática de forma muito mais complexa do que a sua definição no papel.

Cada situação exige uma certa postura em relação à maturidade dos colaboradores e ao estilo do próprio líder. Essa é a ideia da liderança situacional: apostar na flexibilidade e na adaptação diante de cada novo desafio. Afinal, o maior triunfo do ser humano é a capacidade de se adaptar e evoluir, e não seria diferente no mundo dos negócios.

Tipos de liderança em situação

A liderança situacional vai trabalhar diretamente com o estágio de maturidade dos colaboradores, dividido em 4 fases:

Fase 1: os colaboradores não têm conhecimento sobre a tarefa a ser realizada, apresentam pouca autoconfiança e não têm desejo de tomarem a iniciativa. Geralmente, essa fase ocorre quando são novos para uma tarefa.

Fase 2: os colaboradores já sabem executar minimamente a tarefa, mas precisam de apoio para superar as dificuldades. O nível de motivação começa a aumentar.

Fase 3: agora, experiência e conhecimento na execução da tarefa já estão estabelecidos, mas a motivação está em baixa.

Fase 4: este nível é o que se designa como ideal – colaboradores altamente capacitados e motivados para realização da tarefa.

Diante dessas fases de maturidade, o líder apostará em um estilo que seja mais funcional com base no direcionamento e no apoio.

  1. Direção

As palavras-chave nesse momento são “aprendizado” e “confiança”. O líder direciona os colaboradores do início ao fim da tarefa solicitada. Assim, eles podem ganhar mais confiança na execução do que é solicitado.

  1. Orientação

“Conhecimento” e “estímulo” direcionam esse nível da liderança situacional. Aqui, os colaboradores se aprofundam no conhecimento da tarefa e também são valorizados no desenvolvimento de novas ideias para o avanço do projeto.

  1. Apoio

Como o próprio nome diz, esse modo se baseia no suporte dos colaboradores. “Segurança” e “ampliação das capacidades” são as palavras-chave desse momento, quando o líder exerce uma supervisão mais pontual.

  1. Autonomia ou Delegação

Por fim, no modo que se relaciona à maturidade mais alta dos colaboradores, “autonomia” e “liberdade” são as diretrizes. Como já apresentam alta capacidade de execução das tarefas e motivação suficiente, podem até mesmo tomar decisões importantes de acordo com a posição dentro da empresa.

Diferentes líderes, diferentes estilos

A depender do estilo do líder, um dos modos anteriores pode ser direcionado com maior facilidade. No entanto, como a questão central é o nível de maturidade da equipe, a capacidade de ser flexível é fundamental.

Nesse sentido, entra a necessidade de um aprimoramento pessoal constante. Seja por meio de leituras, de uma terapia ou de outras técnicas disponíveis, o líder precisa olhar para si mesmo para perceber as suas limitações e poder transitar entre os diferentes modos de liderança situacional.

Alguns traços costumam direcionar cada estilo de liderança, o que não tem aspecto negativo, muito pelo contrário: ao identificar esses traços, é possível avaliar as potencialidades e limitações de cada gestor, investindo em seu aprimoramento.

  1. Educador

O líder educador acredita na transmissão de conhecimentos aos colaboradores, de forma que eles também possam se desenvolver e chegar à liderança algum dia. O foco está na formação dos talentos da empresa a partir de suas potencialidades. Às vezes, pode ser pouco rígido, por isso não deve deixar os resultados à margem de seu olhar empático.

  1. Autocrático

O líder autocrático é aquele que vem perdendo espaço dentro das empresas, o chefe à moda antiga. Centraliza o poder, cobra excessivamente resultados e pode obter o efeito inverso por conta da falta de visão. Se você se identifica com esses traços, um primeiro passo para mudar é ouvir mais a própria equipe e considerar o conhecimento produzido em conjunto na gestão.

  1. Democrático

O líder democrático cria um clima de bem-estar na empresa por um motivo especial: sabe ouvir e considerar a opinião dos outros. Em sua gestão, as decisões são construídas a partir de amplas discussões em equipe, a qual também recebe feedback e se sente valorizada por conta disso.

  1. Liberal

Na liderança liberal, autonomia e liberdade direcionam a equipe, que pode tomar as decisões por si mesma. Nesse caso, entende-se que os profissionais já têm maturidade suficiente para não depender de uma orientação externa. O líder atua como um facilitador de processos e não exerce supervisão constante, o que pode dificultar a entrega de resultados.  

Autor: Walter Kaltenbach –

Diretor da MasterMind e Fundação Napoleon Hill

walter@mastermind.com.br