Como as pessoas lembrarão de você no Futuro

Imagine um futuro bem distante. Como você acha que será lembrado: alguém que fez algo memorável e serve de exemplo para os outros ou uma existência quase nula, sem muito efeito ao redor? E não é uma questão de fama ou sucesso, mas sim do que você deseja que fique no mundo como seu legado.

Uma pessoa pode se destacar no mercado de trabalho, ser um chefe de família, pai, mãe, filho de alguém e ter aquela roda de amigos que sente sua falta. Mas, mesmo com as inúmeras funções que desempenha, você está realmente seguindo um propósito de vida ou apenas fazendo o que esperam de você, em uma rotina automática?

Construir uma vida que realmente “valeu” a pena é o principal objetivo e também um grande desafio nos dias de hoje. Diferentes gerações, sociedades, organizações e pessoas deixaram a sua “marca”, o seu legado profissional. Nossos antepassados criaram ferramentas que aprimoraram a nossa convivência e organização em sociedade. Invenções como o alfabeto e os computadores e teorias que constituem nosso trabalho até hoje. Muitos estudiosos e famosos pesquisam e falam muito sobre sucesso e felicidade, e muitos já dizem que a felicidade não tem relação com a parte financeira.

Mas se a felicidade não tem relação direta com os bens materiais, por qual motivo será que estamos sempre priorizando o dinheiro? Será que o ser humano não quer a felicidade ou só não não sabe como alcançá la?

Na verdade, a felicidade está no equilíbrio de tudo isso. Usar e conquistar o necessário, desfrutar do que se tem e tratar de outros aspectos como família, amigos, espírito e sim, precisamos da matéria para sobreviver. Podemos ter todo dinheiro do mundo, mas ser escravo do trabalho e das finanças parece pouco para uma vida com legado e felicidade, não é mesmo?

Aqui vão algumas sugestões do que você pode fazer para deixar um legado genuíno e de valor para si mesmo e para o mundo:

1) Olhar para o futuro
Visualize sua vida daqui 20 ou 30 anos. O que você gostaria de ter? Que pessoas estarão do seu lado? O que você fez em todos esses anos? Valeu a pena? Suas atitudes de agora são compatíveis com o que você almeja? Se verificar que tem algo de errado, ótimo. Ainda dá tempo de corrigir suas atitudes, para construir um legado. O importante é fazer esse exercício hoje, e não no final da vida. A hora é agora!

2) Definir o mínimo e necessário, e ao conquistar, desfrutar
É como um círculo vicioso: quanto mais a pessoa tem, mais ela quer ter. E quanto mais ela quer ter, mais ela precisa trabalhar para pagar. E não estamos falando que ambição é algo ruim, é ótimo ter objetivos e dar duro para conquistá-los, porém, sempre com moderação. Quanto mais você tem que pagar, mais refém do dinheiro se torna. Com isso, mais problemas aparecem (doenças, relacionamentos, e assim por diante). Saia dessa bola de neve imposta pela sociedade, e que não te levará a lugar algum.

3) Manter os amigos
É importante pontuar que amizade não é circunstancial, amizade não é o colega de trabalho ou o vizinho. Amizade é um sentimento nobre, que não se desfaz por coisas “pequenas”. Amigo é aquela pessoa que está com você na dor e na alegria, com quem você pode ligar a qualquer hora para compartilhar suas alegrias e aflições diárias e ter um ombro para chorar, ou uma bronca quando necessário. Tenha amigos que sejam adequados aos seus objetivos.

4) Fazer algo diferente hoje
A rotina corrida do dia a dia faz com que o ser humano viva como um robô. Normalmente o dia se resume a: acordar, tomar café, ir para o trabalho, passar o dia inteiro lá,voltar para a casa, alguma atividade (academia, futebol, happy hour, brinca com os filhos, leva a mulher no restaurante), dormir, no final de semana sobra um tempinho para uma programação, e pronto. Isso se repete por 70 a 80 anos. Será que isso é uma vida que vale a pena? Questione-se e se identificar que falta algo, se proponha a mudar. Construa novos hábitos, tenha alguma atitude ou posicionamento diferente. Saia do modo “robô”.

5) Olhar para dentro de si
É preciso coragem para se posicionar e definir quem você é e ao que veio. Reconhecer virtudes e pontos de melhoria é o primeiro passo, afinal sem autoconhecimento nada acontece. Analise o quanto os fatores externos incomodam. Um incidente no trânsito, um mal estar com alguém, um cliente que extrapola. Este é o caminho: reconhecer que os pontos a serem resolvidos estão dentro de cada um, que a responsabilidade é de cada um. E mais, que o merecimento também, é o único caminho para a construção de um mundo bem melhor, e de uma vida que vale a pena ser vivida.

Autor: Walter Kaltenbach
Diretor da MasterMind e Fundação Napoleon Hill
walter@mastermind.com.br